4. ENVOLVIMENTO E DEPENDÊNCIA DOS RESIDENTES NO SETOR DO TURISMO

4.1. Envolvimento dos Residentes no Setor do Turismo

Relativamente ao grau de informação sobre o desenvolvimento do turismo, a maioria dos inquiridos afirma que está moderadamente (55,8%) ou pouco informada (20,2%), sendo que grande parte gostaria de receber mais informação a este respeito (77,9%) (Figura 15).

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Figura 15 – Grau de Informação sobre o Desenvolvimento do Turismo e Grau de Envolvimento no Planeamento do Turismo

No que respeita ao grau de envolvimento no planeamento do turismo, a maioria dos residentes está pouco ou nada envolvida  (60,4%), embora apenas cerca de metade dos respondentes (54,1%) manifeste interesse em participar. Depreende-se que os residentes gostam de estar informados, mas não se querem comprometer com decisões que possam afetar o rumo do turismo no Algarve.

Os residentes estão divididos quanto ao apoio ao crescimento do número de turistas na região. Apesar de a maioria defender que o Algarve deve receber mais turistas (52,6%), muitos desejam manter o número atual (40,9%). Ainda assim, uma pequena percentagem posiciona-se a favor da redução do número de turistas na região (5,5%) (Figura 16).

Figura 16 – Apoio ao Crescimento do Número de Turistas no Algarve

4.2. Dependência dos Residentes no Setor do Turismo

Figura 17 – Atividade Profissional Relacionada com o Turismo no Algarve

Figura 18 – Atividade Profissional de Membro(s) do Agregado Familiar Relacionada com o Turismo no Algarve

Figura 19 – Rendimento do Agregado Familiar Relacionado com o Turismo no Algarve

Seis em cada dez residentes desempenham profissões ligadas ao turismo (60,9%), (Figura 17), algo que não surpreende, tendo em conta que o turismo é o principal setor de atividade no Algarve.

Para além de muitos residentes dependerem diretamente do setor do turismo, muitos são também os que têm familiares próximos a trabalhar em profissões ligadas ao turismo. Do total de respondentes, 48,1% dizem ter membros do agregado familiar a trabalhar no turismo do Algarve (Figura 18).

Demonstra-se a importância do turismo na região, que é a fonte de rendimento para milhares de famílias. Por isso, a grande maioria dos residentes (73,9%) admite que uma parte ou a totalidade do rendimento familiar provém do turismo (Figura 19).

4.3. Residência Próxima de Atrações Turísticas

Uma parte significativa dos residentes admite viver próximo de alguma atração turística no Algarve (42,1%), e muitos afirmam que vivem a uma distância moderada deste tipo de atrações (38,6%) (Figura 20). Entre as principais, constam inequivocamente as praias, as marinas, os monumentos, a vida noturna com os bares e discotecas, os parques aquáticos e temáticos, como o Zoomarine, o Aquashow e o Slide & Splash. Alguns referem ainda os shoppings, hotéis e restaurantes, como parte integrante da lista de atrações turísticas que o Algarve oferece.

Figura 20 – Proximidade da Residência em Relação a Atrações Turísticas no Algarve

4.4. Hábito de Viajar dos Residentes

No que toca ao hábito de viajar, a maioria afirma que o costuma fazer (74,9%), (Figura 21), normalmente uma vez por ano (32,7%) ou de forma ocasional (25,8%). Uma minoria viaja mais frequentemente, entre três a mais vezes ao ano (13,6%). Muitos escolhem outras regiões de Portugal (44,2%) ou outros países como destino de viagem (43,9%). São poucos os que optam por fazer férias noutros concelhos do Algarve (11,9%) (Figura 22).

Figura 21 – Hábito de Viajar dos Residentes no Algarve

Figura 22 – Frequência de Viagens e Locais Escolhidos para Viajar

4.5. Apoio à Existência de Turistas na Vizinhança

Relativamente à existência de turistas na vizinhança (Figura 23), a maioria refere que não se importa com a sua presença, afirmando que é «indiferente para si» (46,5%). Contudo, uma parte significativa admite que apoia (30,7%) ou apoia totalmente (13,8%) a presença de turistas nas proximidades da residência. Significa que, embora reconheçam os impactos menos favoráveis do turismo, como o barulho, a confusão, a poluição, etc., também identificam os impactos positivos, como os benefícios económicos, motivo pelo qual muitos apoiam a vinda dos turistas e sentem-se gratos pela sua contribuição.

Figura 23 – Apoio à Existência de Turistas na Vizinhança no Algarve

RELATÓRIO RESULTADOS ÉPOCA BAIXA PARA O ALGARVE