OBJETIVOS

O Projeto RESTUR pretende conhecer a opinião dos residentes no Algarve, analisando as perceções sobre os impactos do turismo, as emoções e sentimentos em relação aos turistas, o grau de envolvimento e dependência no setor do turismo, as perceções sobre o Alojamento Local, as atitudes e comportamentos em prol da melhoria da atividade turística e as perceções sobre a qualidade de vida e felicidade individual.

OBJETIVOS GERAIS

  • Recolher dados sobre os indicadores que devem ser considerados na avaliação do papel dos residentes no desenvolvimento do turismo sustentável. Com a concretização deste objetivo, o projeto permite caracterizar e compreender o binómio turismo-residentes nos 16 municípios do Algarve, em época baixa e alta.
  • Identificar os indicadores a serem medidos e avaliados para o processo de planeamento do turismo, considerando os residentes como parte interessada no processo. Ao atingir este objetivo, o projeto pretende sistematizar e validar os indicadores.
  • Desenvolver a plataforma online, permitindo às entidades interessadas aceder e utilizar a informação recolhida, de modo a apoiar o processo de desenvolvimento turístico sustentável da região. Esta plataforma também disponibiliza informação sobre estudos anteriores desenvolvidos na Universidade do Algarve (UAlg), que deram os primeiros passos na compreensão da relação entre o turismo e os residentes na região.

QUESTÕES ESPECÍFICAS

  • O desenvolvimento do turismo afeta positivamente a economia dos concelhos e do Algarve no seu todo (por exemplo, criando empregos e oportunidades de negócio) ou está a afetar a economia de forma negativa (por exemplo, contribuindo para o aumento do custo de vida, dependência financeira das comunidades sobre o turismo e aumento dos empregos sazonais e precários)?
  • O desenvolvimento do turismo afeta positivamente o ambiente dos concelhos e do Algarve no seu todo (por exemplo, promovendo a consciência ambiental, incentivando as empresas a serem ambientalmente mais responsáveis) ou está a afetar o ambiente de forma negativa (por exemplo, aumentando a poluição, atingindo a capacidade de carga dos territórios, comprometendo a sobrevivência de espécies ameaçadas)?
  • O desenvolvimento do turismo afeta positivamente a estrutura sociocultural dos concelhos e do Algarve no seu todo (por exemplo, promovendo o trabalho qualificado, aumentando o contacto e intercâmbio cultural, desenvolvendo novos e melhores estilos de vida) ou está a afetar a estrutura sociocultural de forma negativa (por exemplo, aumentando os problemas sociais e as atividades ilícitas, e desvalorizando ou aniquilando a identidade local)?
  • Até que ponto os residentes estão profissionalmente envolvidos e dependentes do turismo (por exemplo, como empresários no setor, sendo o turismo a principal fonte de rendimento das suas famílias)?
  • Os residentes no Algarve estão verdadeiramente empenhados no desenvolvimento sustentável do turismo, no sentido de já adotarem comportamentos pró-turismo (por exemplo, sendo anfitriões afáveis, protegendo os recursos naturais e históricos dos quais o turismo depende)?
  • Qual é a ligação emocional entre os residentes e os turistas? Mais especificamente, em que medida a Escala de Solidariedade Emocional (ESE) se aplica aos residentes no Algarve?
  • De que forma a perceção dos residentes sobre os impactos do turismo afeta a sua qualidade de vida nos domínios material e não material (por exemplo, através da vida em comunidade, da vida emocional, da saúde e da segurança)?
  • Em que medida as respostas às perguntas anteriores são diferentes para os residentes nos 16 concelhos do Algarve?
  • Para cada concelho, em que medida as respostas às questões 1 a 5 são diferentes nas épocas baixa e alta?
  • Em que medida as perceções dos residentes sobre o desenvolvimento do turismo afetam as suas atitudes em relação ao turismo e os seus comportamentos pró-turismo? É possível propor um modelo para avaliar essas relações? Essas relações são diferentes em cada concelho e em diferentes épocas da atividade turística?